No passado dia 12 de novembro, o IPCG – Instituto Português de Corporate Governance e o seus parceiros - Abreu Advogados, Linklaters, Morais Leitão, PLMJ,  SRS Legal, Uría Menéndez e VdA – reuniram especialistas que, de forma prática, abordaram temas cruciais e desafios concretos na implementação de planos de sustentabilidade nas empresas, especialmente no atual contexto regulatório, geopolítico e económico. A diversidade e complementaridade dos painéis enriqueceram o debate sobre a interseção entre sustentabilidade, governance e transparência, destacando como esses três pilares são fundamentais para um futuro mais sustentável, ético e próspero.

🔑Destaques da Conferência:

- Governance de Sustentabilidade: relevância dos stakeholders: moderado por Marta Saldanha, (IPCG), contou com os contributos de Marta Cruz de Almeida, General Counsel da Galp, João Lé, Administrator Executivo da The Navigator Company, Magda Viçoso, sócia da Morais Leitão e Raquel Azevedo, sócia da PLMJ.

Abordaram-se os processos de transição energética das empresas e o impacto da estrategia de sustentabilidade no acesso ao  mercado de capitais e no relacionamento com os seus stakeholders.

Foi sublinhada a importância de um modelo de governo de sustentabilidade robusto para alicerçar o processo de decisão de métricas e objectivos e para promover a integração transversal da visão e compromissos estratégicos da empresa relativos a ESG desde a gestão de topo, permeando toda a organização.

Foram discutidos os constrangimentos que as empresas europeias enfrentam face ao contexto regulatório e geopolítico atual, bem como os desafios da necessidade de considerar não apenas o impacto das suas próprias operações, mas também o das suas cadeias de valor.

- Papel e responsabilidade do Conselho de Administração e dos seus membros: moderado por Beatriz Pessoa de Araújo, (IPCG), com António Pires de Lima, CEO do Grupo Brisa, Assunção Cristas, sócia da VdA, João Bento, CEO dos CTT - Correios de Portugal, Carlos Costa Pina, sócio da SRS Legal, Paulo Moita Macedo, CEO & Vice-Chairman of the Board da CGD e Vera Ferreira de Lima, sócia da Linklaters.

Num contexto em que a sustentabilidade assume uma relevância incontornável, a actuação do Conselho de Administração é determinante na implementação da sustentabilidade como pilar estatégico da empresa e no  alinhamento dos objetivos empresariais aos desafios globais e às expectativas dos stakeholders.A sua postura define o tom que molda a cultura organizacional da empresa, pelo que boards que promovem a sustentabilidade como parte integrante da visão estratégica de longo prazo, e não apenas como um tema de compliance ou marketing, atraem investidores, talento e clientes, e fortalecem a resiliência e competitividades das suas organizações.

- Transparência no reporte: riscos e oportunidades: moderado por José Costa Pinto (Diretor do IPCG), com intervenções de Alexandre Mota Pinto, sócio da Uría Menéndez, Emídio Pinheiro, Chairman e CEO da EGF – Environment Global Facilities, Gisela Pires, directora de Corporate Sustainability da Corticeira Amorim e José Eduardo Martins, sócio da Abreu Advogados.

O painel destacou a importância de um reporte transparente como  fundamental na jornada das empresas para a sustentabilidade, e discutiram-se as experiências de cada um quanto aos riscos e oportunidades que o reporte não financeiro acarreta para as empresas, bem como os grandes desafios na adaptação das mesmas em termos operacionais e organizacionais.

🔑A Conferência encerrou com uma mensagem de Pedro Rebelo de Sousa, Presidente do Conselho Geral do IPCG, reforçando que, num contexto onde a urgência e pressão por práticas sustentáveis é cada vez maior, a integração dos pilares da sustentabilidade,  governance e transparência não é apenas desejável, mas fundamental.

A sustentabilidade vai além da preservação ambiental, abrangendo o equilíbrio económico, social e ambiental, enquanto a governance assegura a implementação eficaz dessas práticas e a transparência fortalece a confiança entre todos os stakeholders.

👏O IPCG agradece a todos os participantes, oradores e parceiros que tornaram este evento memorável. O vosso contributo foi fundamental para reforçar a missão do IPCG de impulsionar a mudança positiva nas empresas e, por consequência, na economia portuguesa. Este evento reforça a razão de existir do IPCG, ao promover práticas que não só contribuem para um futuro mais sustentável e ético, mas também fortalecem a competitividade e a resiliência do tecido empresarial.